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segunda-feira, janeiro 30, 2006
neve em lisboa ontem, após 52 anos sem nevar.(imaginem o frio que não estava nesta cidade...).
quarta-feira, janeiro 25, 2006
resolvi dar uma segunda chance ao arnaud desplechin com reis e rainha. tinha visto 15 minutos do encenando na companhia dos homens no festival e tinha achado uma seca do caraças, mas sabem como é festival... às vezes uma pessoa se engana e não tem muita paciência... reis e rainha me fez ter certeza de que ele definitivamente é um chato. tem coisas boas, é verdade, mas o preço a pagar é caro...
isto aqui é uma confusão de línguas. ontem, eu, vlad, fábio e a namorada dele saímos com um povo da escola.eram 2 eslovacas (english and bad portuguese) e 1 búlgara (que fala espanhol). no caminho encontramos um russo amigo de uma delas ("vladímir! natália!") e conhecemos um francês que mal falava inglês. ufs! é divertido...
king kong pediu pra ser chato no vale do eco. orgulho e preconceito também. mas aí veio match point e salvou tudo!
segunda-feira, janeiro 23, 2006
trailer de o leopardo ontem, indicando que uma cópia nova vai entrar em cartaz. ê. hoje trailer de os piratas do caribe 2 e outras coisas, como o código da vinci. meu deus, isso parece ser uma bomba. o king kong do peter jackson é chatinho, hein? marcele, adorei seu telefonema. besitos. (sinto-me melhor).
sexta-feira, janeiro 20, 2006
comemos comida libanesa de fast-food (!) em estocolmo. tão boa...!
e o do atom egoyan. (é assim que se escreve?)
match point, o novo filme do woody allen, estreou ontem.
outra dos portugueses: "não prefere ANTES comer num restaurante ao invés de em casa?" no começo eu achava que o "antes" era temporal, mas qual o quê. é questão de preferir mais ou menos. às vezes nem faz muito sentido, mas eles usam pra caramba.
passei o natal numa aldeiazinha perto do porto, onde o primo do meu avô, ernesto, mora com a família. o ernesto já nos visitou no brasil 2 vezes e sempre nos cobrou uma visita, que meus pais sempre quiseram mas nunca puderam fazer. passei apenas 2 dias lá, pois tinha que voltar pra lisboa já no dia 25. o primo foi um amor de pessoa. sempre simpaticíssimo! ele e a esposa foram me buscar na estação rodoviária, no porto, e de lá pegamos o comboio pra a cidadezinha onde fica a aldeia deles. almoçamos juntos num restaurante em penafiel e depois ele deu um giro comigo pra me mostrar as redondezas. a cidade era tão bonitinha...! as pracinhas com grama verde, as árvores secas... na estrada pra a aldeia deles, que coisa mais linda! tudo que é casa tinha pelo menos uma videira no quintal. nesta época estão secas e estão lindas, mas dizem que quando estão verdinha ficam ainda mais bonitas... conheci o lugar chamado entre rios, onde uma ponte caiu anos atrás e matou uma data de gente. é entre o douro e o minho. conheci o filho do ernesto e da tereza e sua esposa, gente boa. e os netinhos! tão fofos, gostaram mt de mim. alexandra e pedro miguel. até enviei depois as fotinhos que nós tiramos pra eles. e a mãe me deu uma fotinho deles pra eu trazer de recordação... no natal eu dei uma gafe. era bacalhoada e eu tive, tive que dizer que eu não comia... coitada, a moça foi lá fazer bife pra mim, mesmo eu dizendo que não precisava... foi ótima a ceia, depois as sobremesas... rabanada, aletria... o mais curioso é que à meia-noite eu já estava na cama! e um frioooo, um frio fodido. pensei que não moraria lá nem que a vaca tussisse... 2 dias e eu já tava doida pra voltar pro "calorzinho" de lisboa... uma coisa é um frio danado nas ruas, que nem em estocolmo, mas chegar em casa e poder andar de calcinha e sutiã. mas aquilo lá do porto, em que você respira na cama e depois precisa de mais meia hora até a cama ficar quentinha de novo não dá. mesmo. lá na aldeia deles fiquei emocionada quando o ernesto me contava da vez em que meu avô foi lá, depois de ter saído quando era pequeno (acho que tinha 14 anos) e vindo pro brasil. nunca mais tinha voltado. fiquei mesmo emocionada e o ernesto me mostrou a casa onde vovô nasceu e a igreja onde foi batizado. foi muito legal. a parte menos legal ficou por conta da esposa do primo que é muito mal-humorada. o ernesto tentava falar "brasileirês" com medo de eu não entender (mal sabe ele que eu já tou me virando muito bem). por exemplo, falava "ônibus" ao invés de autocarro. daí a esposa virava e falava: aqui não existe ônibus nenhum! autocarro!! hahaha, era até engraçado. o que não era engraçado é que lá eles são extremamentemente racistas. bizarro. o primo eu acredito que não. pelo menos não disse nada. mas todo mundo falava coisas do tipo: "lá em lisboa agora é uma pretaiada só, deus que me livre!". era daí pra baixo. enfim, uma experiência antropológica. dizem eles que me aguardam para a páscoa e eu tenho mesmo que voltar lá antes de ir-me embora. mas na páscoa provavelmente vai ser quando os projetos vão ser rodados, então espero estar ocupada.
aliás, novo aparelho de telemóvel. com o mesmo velho número. portanto, novamente comunicável. (ana, pra ligar pra mim tem que ser assim: 00 XX 351 96145 2666)
"dvd players DESDE 39 euros". "estarei de novo número de telemóvel DESDE início do mês que vem". "o maior filme DE SEMPRE", "arranje tempo para SI".
ó, pá, os portugueses falam algumas coisas que a gente falava no brasil há muitos anos, tipo gare. mas acho engraçado quando a mesma palavra que a gente usa é usada em contextos e sentidos diferentes. por exemplo, demorei pra perceber (entender) qual era o sentido de "entretanto" pra eles. no começo eu achei que meu interlocutor tinha dado um deslize daqueles comuns no brasil, tipo usar o adversativo quando não quer exprimir idéia contrária nenhuma. é mais ou menos assim que eles falam: "amanhã tem prova de montagem. entretanto, temos que ler o livro que a professora pediu". ora. elementar, meu caro watson. "entretanto" pra eles quer dizer: nesse meio tempo, nesse ínterim. mas até cair a ficha demorou.
outra proposta de emprego por telefone. pesquisa. vamos ver se sai. reunião na terça.
ah, lá em estocolmo fomos ao museu de arte moderna. uma baleza... a exposição permanente deles é pra deixar qualquer museu com inveja. logo à entrada o paulo tomou um tombo feio, tadinho. é que a neve tava escorregando que nem quiabo! nesse dia entendi por que as pessoas que moram nesses lugares frios usam aqueles protetores auriculares...
nosso vôo pra londres atrasou por causa da neve e chegamos lá tarde da noite. logo logo pareceu uma cidade tão hostil... desde os caras do hotel até no supermercado. mas no dia seguinte tudo já parecia menos pesado. mas chovia... chovia à beça. andamos por mil lojinhas de disco logo no primeiro dia. fomos pra lá e pra cá, conhecemos picadilly - que é bem menor do que parece em tudo que é filme. o paulo falou que as lentes grande-angulares dão mesmo um jeitão - e nunca esteve tão certo. tudo custa o olho da cara. 2 libras por um café, podem acreditar, o que nos dá uma quantia de 3 euros e inacreditáveis quase 9 reais. tá doido! a ordem era comer mal ou não comer. as heineken eram a única cerveja bebível. fora a stela artois, cara, as outras era light. mas eu vou te dizer que é uma cidade bonita. vcs precisam ver a malha do metrô deles! uma doidera... e aquilo funciona a noite inteira... na noite de reveillon funcionou tudo direitinho e ainda era de graça, pra evitar mais confusão. sábia medida. fiquei feliz de ver que em londres as pessoas de várias etnias e nacionalidades e classes parecem conviver bem, pelo menos relativamente bem. não sei se já disse mas aqui em portugal o racismo e a xenofobia são muito grandes. ao ponto de quase sempre os brancos não sentarem nos mesmos bancos dos negros nos transportes. em estocolmo não deu pra sacar direito, mas não parece ser como em londres. mas, considerando a política social deles, não deve ser parecido com isto aqui. no dia 31 de dezembro eu e paulo fomos comer num burguer king em picadilly, o coração da cidade (hahaha) e eu encontrei a soraia, uma amiga! é claro que foi um momento daqueles de filme, inacreditável... ela ficou muito emocionada, acho que deve inclusive estar passando por uns bons bocados lá, e eu muito feliz em vê-la! vê se pode, encontrar um conhecido em londres, em picadilly, no reveillon, com aquela cidade lotada... à noite fomos pra leicester square, passar a virada na rua... foi muito legal! happy new year, todos falavam. mó clima bom. o paulo ficou muito feliz, nunca tinha passado na rua! eu falei que adoro, porque vc sente o clima das pessoas e tal. quando voltávamos pro hotel, mais tarde, estávamos morrendo de fome. paramos numa estação de metrô pra fazer baldeação e sentimos um cheiro maravilhoso descendo as escadas e entrando pelos corredores do metrô! bizarro! não tivemos dúvida e subimos que nem uns esfomeados! eram cachorros quentes, caríssimos. desnimamos, mas logo veio a luz. uns coreanos gritavam ao lado: two pounds! two pounds! era comida coreana. carne ou porco ou galinha com arroz! que delícia! a comida mais gostosa que comemos lá. e a mais barata. também fomos à maior livraria da europa. tinha acho que 5 andares... o prédio todo. doidera. eu vi guardas com aqueles chapéus engraçados. no dia de virmos embora fomos ao hyde park. lindo!! tudo verde, enorme... um lago com patinhos, gansos, essas coisas. pessoas, pais com crianças... um ganso se aproximou de mim e eu que não sou boba fiquei logo de olho aberto. vai saber, se o bicho me desse uma pescoçada eu tava fodida. ih, tanta coisa! num dá pra lembrar tudo agora, mas depois conto mais! tenho talheres e xícaras da tap agora. hehehehe.
queríamos ir à cinemateca lá em estocolmo e combinamos de ir. mas no dia caiu uma neeeve, ficamos no hotel. visitamos a cidade velha, gamla stam. linda. lá em estocolmo todo mundo fala inglês. todo mundo! e todos foram muito simpáticos... criei um carinho pela cidade. trouxe de lá um jornal do metrô em que a foto de capa era um gato! estou doida pra perguntar ao niklas (amiguinho sueco nosso que mora aqui em lisboa e que já morou em vitória) o que é aquilo! afinal, o que de tão importante pode acontecer a um gato pra ser notícia de jornal? não entendo uma palavra. as únicas palavras que aprendemos lá foi hej (ei) que é como o nosso hei e tákk (tác) que é obrigado(a). o mac donalds serve pepeninhos no lugar de batatas fritas pra quem quiser. =)
enfim vi o harry potter novo e não gostei muito. achei o piorzinho de todos, fiquei decepcionada. mas broken flowers, granda filme.
os verdes anos, filme do cinema novo português. muito bom.
ontem foi a última apresentação dos grupos para a escolha dos projetos do 3º ano, ou seja, dos filmes que serão filmados. eu não entrei em nenhum triângulo - realização, ou seja, direção, produção e argumento, ou seja, roteiro. mas serei anotadora, ou seja, continuista, de um filme caso o projeto seja aprovado. e trabalharei, é claro, depois na fase de montagem. o caso é que em meio às apresentações o professor orientador dos projetos, que todo mundo aqui na escola acha um carrasco e de forma geral odeia - e que é também meu professor de realização I-, começa a escrachar a apresentação da roteirista de um projeto, dizendo que o roteiro era bom mas a apresentação tinha sido ingênua, pois todo mundo riu. eu disse que não concordava e o chamei pelo nome. aqui se costuma falar "professor" e não chamá-los pelo nome. foi uma comoção geral na turma, que em peso concordava comigo mas não teve coragem de contradizê-lo. depois vieram me dizer que a minha nota vai lá embaixo depois do acontecimento. tá doido! parece até que estamos no quartel general.
as aulas de teoria da montagem têm sido muito boas. o trabalhinho foi sobre o the river do jean renoir. depois teremos uma prova.
são 19:30 e estou aqui desde as 2 e meia na sala de montagem. nossa tarefa é montar nos avid um videoclip com alguma das versões da música bonnie and clyde. escolhemos a do mc solar, muito animada. hehehehe. as imagens foram feitas por uma turma de anos atrás. legal. enfim, produzindo.
recebi as cartinhas da mamãe e da ana. mandaram fotinhos de todos felizes do natal em colatina e depois, em barra nova. todos bronzeados! um sol... parece estar quentinho! que beleza, fiquei feliz. ana mandou uma fotinho de uma das corujas que habitam nossa caramboleira em colatina. fofa! obrigada pelas fotinhos! também recebi um recorte de jornal em que a natalie fala que quando dirige maneira na bebida... que figura! vou preparar uma cartinha com fotinhos também e envio.
sempre achei que ser largado, pra mim, fosse mais fácil do que largar. pude enfim comprovar exatamente o contrário estes dias. no fundo, era lógico: muito mais fácil sair de algo quando você acha que acabou do que quando acha que ainda não. quando eu fico triste e não tem ninguém próximo o suficiente pra me dar um abraço dá uma vontadezinha de ir embora... mas na maior parte do tempo eu me entretenho com coisas aqui e ali e o tempo passa. vou sobreviver, não sou do tipo que tem coragem pra se matar.
quinta-feira, janeiro 19, 2006
parabéns, aninha, por ter passado no cefet =))))
terça-feira, janeiro 17, 2006
preciso continuar meu relato sobre a viagem, que foi ótima. óptima. tantas coisas tão bonitas. também queria contar do natal numa aldeiazinha do porto onde as ruas não têm nome e as casas não têm número. frio como um caraças. daí que eu tenho tentado ver o que consigo do cinema português e vi o filme da fotinho aí embaixo, que é o viagem ao princípio do mundo do manoel de oliveira e é lindo. e me fez lembrar a viagem ao porto e à aldeia onde meu avô nasceu. depois eu vi quando troveja, que me deixou feliz apesar das coisas ruins chatas. e o fatalista, filme imperfeito e muito simpático. um cinema possível para mercados como o português - e o brasileiro. um filme que eu queria que o brasil fizesse - e um filme que o brasil poderia ter feito. também tenho visto outras coisas, pois agora tenho meu king card, enfim (o passe pros cinemas). mas hoje não dá, vou jantar com o ex-namorado. pois é. nesse quesito parece que vai tudo mais ou menos bem, exceto quando vai mal. tem aqueles dias esquisitos em que dá saudades de casa e em que eu percebo que tou longe de todo mundo e que o paulo é o meu único grande amigo aqui. ainda é, e isso é bom. mas... saudades.
segunda-feira, janeiro 09, 2006
sexta-feira, janeiro 06, 2006
volto a escrever assim que tiver tempo =) meu telemóvel foi roubado. estou incomunicável, portanto, pelo menos por um tempo. mas tá tudo bem. =)
segunda-feira, janeiro 02, 2006
do aeroporto até a estação central (que ficava em frente ao hotel) fomos no trem expresso. o treco fazia tipo 200 km/hora. eles têm uma grande mala de metrô. pois é, lá os transportes funcionam... ficamos 3 dias lá e tentamos não fazer muito programas típicos de turistas. tanto eu como o paulo queríamos entender minimamente como aquilo funcionava - e acho que fomos capazes. andamos muito, pra lá e pra cá, comemos nos lugares onde eles comem (ou nos mais baratos que conseguíamos encontrar, incluindo mac donalds e congêneres). paga-se 5 coroas (pouco mais de meio euro e cerca de 1 real e meio) para ir a um banheiro, mesmo em estabelecimentos comerciais. em londres também se paga em alguns lugares, mas há alguns banheiros públicos muito bons, com papel higiênico e água quentinha inclusive. estranhamos que no 7 eleven só tinha cerveja light pra vender. só depois entendemos que as bebidas alcoólicas são vendidas em lojas específicas pra isso. nas lojas de conveniência não se vende cerveja normal nem outras bebidas alcoólicas... nevava e nevava e aí descobrimos um parque que era a coisa mais linda do mundo, estava coberto de neve e as criancinhas chegavam com seus pais e trenós!!!! parecia tão divertido... espero que possa mostrar uma foto dessas aqui. bem, preciso ir pra a minha aulinha. amanhã escrevo mais.
primeiro incidente: tínhamos apenas acabado de "aterrar" em estocolmo, buscamos a mala e tal. paulo quis ir fumar um cigarro fora do aeroporto (dentro não pode) e resolveu subir um pouco o fecho eclair por causa do frio. crec, era uma vez um fecho. parece mentira, da vez em que mais se precisa dele! passou os 6 dias seguintes tendo que fechar o casaco com as mãos, mas deu tudo certo.
terceira constatação: frio do caralho. mas, felizmente, a roupa (em especial meu casaco de frio comprado na c&a lusa) aguentava (obs: os portugueses não usam trema). isso foi ótimo e fez com que eu não passasse frio, a não ser quando molhava os pés (a neve, quando derrete e tal). isso era terrível e teve um dia em que eu achei que meu pé fosse congelar (mesmo). me arrependi de não ter comprado umas botas, mas sobrevivi bem com meus 2 tênis brasileirinhos e agora não compro bota nunca mais. observação: de volta a lisboa, isso aqui parece tão tropical...
pegamos o avião no aeroporto de lisboa às 9 e pouco da manhã e chegamos a estocolmo às 2 e pouco da tarde, horário de lá. após constatarmos que estava obviamente nevando, a primeira coisa que notamos foi muito estranha: "que merda é essa, nati? tá de noite!!!!!", o paulo me disse. pois é. às 3 da tarde já é noite em estocolmo por estes dias. achamos esquisitíssimo mas depois entendemos que é assim que é e ponto. então, imaginem. às 8 da noite já estávamos sempre cansadíssimos. afinal, já estávamos "na noite" há mais de 5 horas...
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