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segunda-feira, dezembro 19, 2005
só pra dizer que ficamos de 26 a 29 em estocolmo e de 29 a 1º em londres, então quem tiver diquinhas de programas imperdíveis pra fazer naquelas terras em 3 curtos dias por favor escreva aqui por comentário ou por email (nataliadecastro@gmail.com). brigada e beijinhos =))
terça-feira, dezembro 13, 2005
sexta-feira é nosso último dia de aula antes do recesso do natal. prometo responder a todos os comentários e emails! juro que não gosto de ser tão desnaturada e não sou, é só falta de tempo... beijinhos.
nesta dá pra ter noção da distância entre a nossa janela e o rio: zoom in: na avenida beira-rio, um táxi português tradicional passa: e agora um autocarro:
segunda-feira, dezembro 12, 2005
vocês conhecem as 69 love songs dos magnetic fields? =) absolutely cuckoodon't fall in love with me yet we only recently met true i'm in love with you but you might decide i'm a nut give me a week or two to go absolutley cuckoo then, when you see your error, then, you can flee in terror like everybody else does i only tell you this cause i'm easy to get rid of but not if you fall in love know now that i'm on the make and if you make a mistake my heart will certainly break i'll have to jump in a lake and all my friends will blame you there's no telling what they'll do it's only fair to tell you i'm absolutely cuckoo
tantos pesadelos. primeiro eu tinha câncer e foi um sonho terrível, porque eu já tinha metástase e a possibilidade de quimioterapia não me animava em nada. eu pensava que aquilo seria demais pra mim e que a sofrer tanto como eu imaginava que sofreria com a quimio eu preferia me deixar morrer. credo, uma coisa baixo astral mesmo. daí depois foi o ônibus caindo no precipício e, ao contrário do que eu sempre pensei, não exstia a menor possibilidade de eu me atirar pela janela e tentar alguma chance de ser salva antes que ele se espatifasse no chão e explodisse. mas acho que o remedinho de nariz no meio da noite sempre me faz dormir melhor.
uma das melhores coisas desta escola é a biblioteca. além de ser um espaço muito legal para ler, de ter internet e ser um lugar quentinho para os dias frios, o próprio acervo é muito bom mesmo, pelo que pude ver até agora. eles têm assinaturas de boas revistas de cinema (cahiers, positif, american cinematographer), dvds, cd-roms e muitos bons livros. todo dia eu vejo alguma coisa que eu queria ler. semana passada foi o uma história da loucura do foucault que tava nas novas aquisições. hoje eu cheguei e tava lá o dom quixote com ilustrações do dalí. mãe, lembrei de você...
eles acham a maior piada quando a gente fala "oi?" no sentido de "quê?". a conversa pára por aí. sempre lembro do joão cândido respondendo "oi, tudo bem?" de brincadeirinha quando alguém pergunta "oi?" no meio da conversa... eu já praticamente perdi a mania de falar "oi?", tive que me habituar ao "quê?"...
os portugueses modernos já não falam mais "está lá?". falam no máximo "tá?", mas em geral atendem o telefone com um "tô" ou "tô sim". ou seja, este blog já sofre de uma crise de identidade...
quarta-feira, dezembro 07, 2005
acho que dá pra se habituar a quase tudo, mas tem uma coisa que tá difícil: os banheiros e cozinhas não têm ralo. assim que chegamos em casa demos uma geral, claro, e ensopamos o chão dos banheiros e da cozinha. só depois notamos a falta de um ralo e tivemos que ficar lá recolhendo a água do chão com pano, uma cena ridícula. 'facto' é que eu sempre achei que vasos sanitários precisam ser lavados em água corrente. e ainda acho e continuo fazendo assim, mas imaginem o trabalho que é fazer isso sem um ralo no chão...
hoje estréia broken flowers. =) ainda não vi harry potter. =(
estou boazinha agora. foi bom ter ligado pra(s) casa(s) no fim-de-semana. amanhã é feriado aqui. não me perguntem de quê. tem tido feriado direto. hoje a gente pega equipamento na escola pra gravar algo do vídeo do paulo amanhã. no fim-de-semana a nossa sala vai ser set de filmagem de um curta de um amigo. passo o fim-de-semana lendo os textos sobre o renoir e tentando escrever algo para o meu trabalho de teorias da montagem II.
sexta-feira, dezembro 02, 2005
(hoje tou mais solitária que um paulistano, que um vilão de filme mexicano).
dois filminhos documentários de naomi kawase. nippon koma, festival de cinema japonês.
quarta-feira, novembro 30, 2005
terça-feira, novembro 29, 2005
no pequeno almoço, bica. ao intervalo, meia. depois do almoço, é cheio. à hora do lanche, galão. ao fim da tarde, abatanado. à noite, carioca. mais tarde, um normal. antes de dormir é melhor que seja descafeinado para não atrapalhar o sono. aqui se bebe café como o diabo.
ontem fomos à cinemateca ver WE CAN´T GO HOME AGAIN do nicholas ray. formidável.
na aula de realização a gente teve que separar os imperdoáveis, o filme do eastwood (que aqui se chama imperdoável) em atos, seqüências e cenas. já sei aquilo tudo de cor e é bom parar pra pensar em cada cena. é meio assustador também pensar que alguém pode ter tanto domínio. mas o que mais me tem deixado feliz aqui é que a gente realmente pára pra analisar alguma coisa. as aulas de teorias da montagem também têm sido frutíferas. analisamos o casal, de dreyer e um filme do mizoguchi cujo nome eu esqueci. agora preciso fazer um trabalho sobre o modo como a memória é retradada em le fleuve, o filme do renoir que aqui se chama rio sagrado. lembrem-me de postar qualquer hora uma listinha com os nomes de filmes aqui.
enquanto não sai nenhum trabalho com carteira assinada, a gente (paulo com minha ajuda, principalmente) vai tentando levar à frente projetos de orçamento zero. ele quer dirigir um documentário sobre uma banda de rock portuguesa dos anos oitenta e tem mais um roteiro que queria gravar já. tenho colocado lenha na fogueira e é capaz de este fim-de-semana aproveitarmos pra fazer qualquer coisa de verdade, ao menos uma entrevista com o líder da banda. já dei um jeito de pedir equipamentos na escola e talvez os retire amanhã. também temos filmado coisas da janela de casa (com a câmera de paulo) e vou tentar montar qualquer coisa no computador dele que sirva ao mesmo tempo de memória e de exercício de montagem e criatividade. é bom estar animada pra criar qualquer coisa, pra ver as coisas acontecerem, pra trabalhar.
vi algo no fim-de-semana que me deixou completamente pasma. jonas mekas. vocês conhecem isso??? estou maravilhada com seus filminhos.
tá meio difícil arrumar um trabalho. ao chegar aqui descobri que minhas aulas têm horários estranhos, justamente como era no rio. começo da noite num dia, tarde em outro, manhã em outro... ando tentando coisas no cinema mesmo porque era o melhor pra mim, mas tá difícil. o cinema português anda mal das pernas. tentei alguma ajuda através do professor de montagem, mas ele só sabia de estágio em que não se ganhava nada. aí num dá. claro que também estou, há tempos, disposta a fazer qualquer outra coisa, só pra dar uma ajudada nos custos. cheguei a achar que tinha arrumado um bom trabalho em pesquisa de mercado, a coisa batia com meus horários e tal (eu só ia ter que largar uma aula que é optativa, paciência). mas percebi que eles querem é nos explorar: eu só ia receber dois meses depois e eles só pagavam no primeiro e no último dia de cada mês. se você não fosse receber, só daí a um mês. bizarro. nesse caso, pensei: meu primeiro pagamento só sai dia 31 de dezembro/1º de janeiro. já ia começar me ferrando. ainda estou à procura e sei que vai surgir qualquer coisa. acho que o caminho vai pela pesquisa de mercado mesmo, pelo menos por enquanto. depois, com mais calma, continuo tentando o cinema. bem, se souberem de alguma coisa me falem. (pai, tentei ligar para o wesley mas ainda não consegui falar. ele tem algum contacto de emprego? continuo tentando... desculpe a demora em te responder isso, mas a biblioteca andou em reformas e eu fiquei meio fora do mundo digital. aliás, o fernando me ligou, sim. respondi o email dele e me pus à disposição para qualquer ajuda).
ah, daí há poucos dias eu recebi uma cartinha da produtora agradecendo a ajuda. já é qualquer coisa - apesar de o produtor ter sido um babaca.
a questão do ricardo pereira que eu nunca expliquei foi a seguinte: bernardo, o português que mora conosco, trabalha numa produtora. num fim-de-semana desses ele nos perguntou se queríamos ir assistir às filmagens de um vídeo-clipe e trabalhar. mas teríamos que ser estagiários - ou seja, no money. eu e vlad fomos mesmo assim pra ver como é que as coisas acontecem na prática por aqui e na esperança de que isso nos abrisse qualquer porta, sei lá, conhecer as pessoas do ramo... era o vídeo-clipe ("teledisco") de uma bandinha pop aqui e contava com esse ator super famoso, principalmente por ter sido galã de novela no brasil. a gravação foi tipo a coisa mais cansativa do mundo, principalmente porque eu tinha pouca coisa pra fazer (ficar à toa nessas situações cansa bem mais do que ficar o tempo todo ocupado...). mas foi bom pra ver como é que se trabalha profissionalmente, coisa e tal. o cara da grua era um animal, fiquei impressionada com o domínio que ele tinha do equipamento. o vlad foi como estagiário de foto (que eles chamam de "imagem") e eu como estagiária de qualquer coisa, ou seja, produção. foi por isso que tive que dar comida na boca do ricardo pereira, quando ele estava de luvas de voxe, e enfiar aquele protetor bucal na boca dele - e tirar de lá.
só pra dizer que tá tudo bem. tenho tido pouco tempo, os computadores sempre cheios. vou agora para a aula de teorias da montagem e quando sair vou ver se consigo vir aqui e escrever um pouco - sobre a escola e sobre a vida. viram o dossiê cinema brasileiro na cahiers du cinema? beijos. obs.: amanhã acho que ponho fotinhos.
domingo, novembro 13, 2005
... o paulo é o seguinte: nos falamos pela primeira vez na sala de computadores da biblioteca da escola, ele puxou algum papo que já não importa. mas eu tenho vaga lembrança de tê-lo visto anteriormente, talvez numa aula. em questão de, sei lá, dois dias estávamos muito próximos. pronto, já tinha um amigo na escola, daquelas pessoas com as quais você se dá tão bem que fica íntima delas num instante. eu achava graça que logo a pessoa com quem eu me dava melhor por aqui era aquela que falava mais rápido. era quase impossível entender o que ele falava no início, devia ser até chato pra ele eu perguntar "quê?" toda hora. ele fala rápido para os padrões portugueses, imaginem. agora já nos entendemos bem melhor, lógico, mas às vezes surge algum ruído e achamos engraçado. então estava eu na casa dele assistindo a dvds poucos dias depois de nos conhecermos, engraçado como isso evoluiu tão rápido. nem nos padrões brasileiros nem nos portugueses, alguma outra coisa perdida por aí. ele me mostrou aquelas coisas de que ele gosta - cinema independente, vincent gallo, bossa nova, fernando pessoa, cassavettes etc. e nós éramos só amigos que gostam de cinema e de outras coisas e discutíamos sobre tudo tomando uma cerveja e aí de repente já éramos namorados, de uma hora pra a outra, e nunca mais nos separamos. a coisa do jean-pierre léaud é quase uma brincadeira, mas a verdade é que ele me lembra o atorzinho do truffaut quando era novo. pelo menos às vezes. algumas caras, o modo de olhar, uma certa birra aqui e ali e ao mesmo tempo um charme. mas ele também me lembra outras pessoas - sempre referências boas, principalmente afetivas. e a verdade é que eu estava meio tristinha e com saudades de casa e ele me ajudou e tem ajudado muito e tem cuidado de mim. e eu dele. estou eu na marinha grande de novo. dessa vez trouxe a máquina fotográfica. fomos ontem ver a praia. isto aqui parece um lugar seguro para onde ir quando lisboa se torna opressora. sinto-me bem. saudades de todos.
sexta-feira, novembro 11, 2005
segunda-feira, novembro 07, 2005
esta é rapidinha e algumas vão entender. este fim-de-semana eu dei comida na boca no ricardo pereira. e dois beijinhos. e o vi de calçãozinho de boxe, de pernas de fora. e tenho o número do telemóvel dele. hahaha. depois explico. alguém imagina?
6 graus no domingo de manhã. e esfriando.
quinta-feira, novembro 03, 2005
o paulo é o seguinte... depois eu conto sobre ele. já disse que tem um gaúcho fazendo teatro aqui na ESTC? já disse que aqui os carros param pra a gente atravessar a rua? já disse que o leandro, professor da uff, apareceu aqui na escola hoje? já disse que nosso apartamento é muito giro?
desculpem o sumiço. a biblioteca está em reforma, portanto estamos sem internet. mas tá tudo bem. =) ei, mandem fotinhos? beijos.
sexta-feira, outubro 28, 2005
ok. estou namorando um portuga. e é o paulo, jean-pierre léaud. qualquer hora, ponho fotinhos.
domingo, outubro 23, 2005
estou em marinha grande, a 2 horas de autocarro de lisboa. vim passar o fim-de-semana na casa do paulo, já grande amigo. vocês adorariam ver isso aqui, é lindo. fomos à praia (porém, sem nos banharmos). subi num mirante e vi florestas até onde a vista alcançava. ruelas, praças, cerveja portuguesa. agora escrevendo do laptop do pai dele. um fim-de-semana agradável, os melhores dias até agora. (o paulo me lembra o jean-pierre léaud ou mesmo antoine doinel. qualquer hora falo melhor dele, peça chave aqui e que me mostrou buffalo 66 e amor à flor da pele e outras coisas e tem sido ótimo).
terça-feira, outubro 18, 2005
calçada marquês de abrantes, 7. 5º. lisboa, PT. 1200-717. meu telemóvel: 96145-2666. =)
segunda-feira, outubro 17, 2005
já durmo na casa nova há dois dias, mas só hoje teremos água e só quarta teremos gás e luz. enfim, fui ao cinema. meias de seda com fred astaire na cinemateca (é baratinho para os estudantes da ESTC, tem coisas imperdíveis todos os dias, é perto de casa e dá pra ir a pé) e last days num cinema de circuito (lugares marcados!). maravilhas! há um húngaro nas minhas aulas de montagem. ele não entende nada de português. nada mesmo! muito engraçado... a cada 5 minutos ele me pergunta: "o que ele falou esse tempo todo?". hahahaha duas coisas que os portugueses fazem demais: falar ao celular e fumar. o tempo todo, o tempo todo!
sexta-feira, outubro 14, 2005
enfim, temos uma casa! logo passo o endereço, pois não tenho ainda aqui comigo. tem vista para o tejo, assim que a tecnologia da fotografia chegar até nós eu talvez consiga mostrar-lhes isso. estou animada com as aulas na faculdade. quanto ao cinema, ainda não fui por motivo de ordem prática: custa caro. 5 euros, 4 euros e qualquer coisa para estudantes. ainda não dá pra gastar assim. há um tal de um cartão chamado king card. você faz ele e paga 13 euros por mês pra ir aos cinemas (de uma certa rede, grande) quantas vezes quiser, mas para fazê-lo é preciso ter uma conta em banco e também tem que pagar por um ano. há o cinema da cinemateca, em que alunos da estc pagam baratinho, mas também ainda não fui pela falta de tempo. por aqui, acontece um festival de cinema francês e talvez eu consiga enfim ver qualquer coisa. acho que hoje mesmo passa caché, mas talvez eu não possa ir porque devemos fazer mudança. começa o doc lisboa logo mais e passam muitas coisas que prometem ser boas. os artistas do teatro queimado e tal. a marcha do imperador também dá curiosidade de ver. mas não tenho muito tempo nem dinheiro e a vida ainda está uma bagunça, preciso ainda arrumar um emprego. a única coisa que preciso ver muito urgentemente é last days, que está em cartaz! o resto vai se adiando e as coisas vão se ajeitando. beijos.
quarta-feira, outubro 12, 2005
já aluguei demais o computador aqui da biblioteca. depois escrevo mais. desculpem por não mandar emails e cartas, mas tá difícil ainda. acho que encontramos uma casa e hoje assinamos contrato e mudamos. beijos e saudades =)
a escola parece ser muito boa. é grande, bonita e limpa. visitamos o estúdio deles e é gigantesco perto do nosso lá da uff. eles têm coisas como mil gelatinas e... grua! a comida para os alunos não é lá os R$0,70 da uff, mas é barata como não se encontra por aqui: 1,90 euro pela sopa com pão de entrada + carne (sempre 2 opções, que ontem foram bife de peru com molho de champigon e salada de mariscos) + arroz (hoje com feijão) ou purê + salada + suco (à vontade) + sobremesa (várias opções: arroz doce, mousse de chocolate, bolo, fruta etc.). a comida é muito gostosa. fora do horário do almoço, pode-se comer na cantina por preços mais em conta também. de resto não posso dizer muito, só depois que vir mais aulas. tive 3 aulas. na de hoje o professor só entregou o programa e as outras 2 foram boas, depois conto. o que me deixou feliz também fio ter entendido tudo o que os professores falaram em sala de aula. acho que depois de 1 semana intensiva já estou me habituando ao português português...
o pessoal que nos hospedou. - tô. - olá, ricardo. aqui é a natália, do brasil. foi o pedro quem me deu seu telefone... - olá, natália! - você pode nos hospedar? - sim, claro. já está tudo certo. - mas somos 3, tudo bem? - não há problema algum! ao chegarmos, mortos de cansaço (vocês não têm idéia de como ficaram nossos corpos depois de carregar aquelas malas pesadas para lá e para cá, escada acima e escada abaixo), à casa de nossos novos amigos ficamos muito felizes: são todos muito simpáticos e nos trataram muito bem. "rcardo" era meu contato inicial e foi sempre muito simpático. é de coimbra, pelo que me lembro, e bastante na dele, apesar do bom humor. "manel" é a pessoa mais engraçada do mundo. já foi ao brasil, tem amigos no nós do cinema e quer ir trabalhar lá. imita brasileiros muito bem e a gente se mija de rir (quando percebe). "izbel" é a única menina da casa e faz biologia. foi sempre ótima, mas convivemos menos porque foi passar o fim-de-semana na casa dos pais, no porto. "pifas" é um garoto adorável que faz medicina e cedeu um confortabilíssimo colchão no chão de seu quarto para que eu dormisse. pifas é irmão de antónio josé, que estuda com os meninos de cinema e a quem todos chamam tozé. na primeira e única festa da escola a que fomos eu o chamei de tom zé, brincando, e ele respondeu: "já fiz o papel dele numa encenação, ele é muito bom". enfim, os gajos são fixe, pá!
aqui o transporte não é muito barato. uma passagem de autocarro* ou de elétrico* custa 1,20, ms se compras* 2 nua cabine da viação cada uma sai por 0,70. 0,70 é exatamente o preço do bilhete simples de metro*. um bilhete de ida e volta custa 1,20 e um bilhete simples para circular em duas zonas (isso depende do lugar pra onde vais*) é 1 euro. (essa coisa de 2 zonas nos custou nosso primeiro grande mico em portugal: compramos um bilhete de ida e volta, que só vale para uma zona, e, sem saber, circulamos por 2 zonas. ao tentarmos sair da estação, enfiávamos o bilhete na máquina e a porta não abria! muito tempo depois veio um carinha da estação e explicou que, pra sair, teríamos que comprar mais um bilhete simples, porque aquele que tínhamos não valia ali...). o comboio* depende de onde pegas e de onde saltas, mas para o trajeto que costumamos fazer pagamos 1 euro. imaginem, então, que durante essa semana andamos para lá e para cá atrás de um lugar para morarmos e gastamos uma grana em transporte. porém, há algo que nos facilitará muito nesse sentido: há um cartão que vale pelos meios de transporte que escolheres (há vários planos), pago 1 vez por mês e que podes* usá-lo quantas vezes quiseres* por dia. para comboio e metro, os meios que mais utilizaremos, custa 20 e poucos euros. barateará muito. porém, leva 8 dias úteis para ficar pronto e até lá temos que aguardar...
quando saímos do aeroporto e pegamos um autocarro* até o hotel, fomos seguindo um mapa de transportes de lisboa com os olhos e dizendo: agora ele vai entrar na rua tal, depois na rua tal etc. vladimir disse: daqui a uma semana conheceremos lisboa melhor do que quem mora aqui. cá estamos, uma semana depois, e andamos em lisboa para lá e para cá com a desenvoltura de quem está aqui há muito tempo...
começa a acontecer, por aqui, a revolução das máquinas. logo ao chegar ao aerorporto, uma máquina de compra de cartões telefónicos* comeu 3 euros meus. 3 euros! têm noção?? e fez que nem era com ela. no mesmo dia ou no seguinte a máquina de compra de bilhetes do metro (atenção, métro e não metrô) engoliu o troco do fábio! sem contar nos telefones públicos que engolem o seu troco se você põe uma moeda de um euro e só fala cêntimos*. vladimir, sempre o mais sortudo, por sua vez, passou a perna na máquina de cigarros. não sei por que motivo ela devolveu a ele mais troco do que deveria, mas isso nos deixou contentes a todos e nos soou como um troco merecido. ops, fiz um trocadilho sem querer. ops, de novo!
terça-feira, outubro 11, 2005
o episódio do aeroporto é meio chato. e foi estressante para nós (eu, vlad e fábio, os meninos da uff que vieram comigo). não, não fomos parados pela alfândega ou qualquer coisa assim. nesse sentido, correu tudo bem. o problema foi não termos conseguido falar com ninguém. refiro-me às pessoas que iriam nos hospedar. descobri mais tarde que os nossos amiguinhos daqui achavam que só chegaríamos no dia seguinte. pensamos em ir para um albergue, que era o nosso plano b desde o início, mas eles não tinham mais quartos duplos e imaginem vocês nós três com toda aquela bagagem para um ano em quartos múltiplos de albergues. não ia dar certo. e essa idéia repugava principalmente ao vlad, que trouxe câmeras, lentes e muitas outras coisas caríssimas que dizem respeito a um fotógrafo e assistente de câmera. plano c: pedir à andrea, prima de minha mãe que mora em lisboa - e que não poderia me hospedar - para deixarmos as malas na casa dela e, então, poderíamos ir para um albergue apenas com nossas mochilas. andrea não estava em casa, mais tarde ninguém atendia. já era de tarde (chegamos por volta das 6:30 d manhã) e resolvemos ir para um hotel barato (para os padrões lisboetas, que fique claro, não para os nossos), onde as malas ficassem seguras e, daí, pudéssemos resolver a vida. à noite, nossa sorte começou a mudar: o fábio conseguiu falar com a filha-de-um-amigo-do-pai-dele e ela disse que não havia nenhum problema em deixarmos as malas na casa dela por quanto tempo fosse preciso, apesar de ela não nos poder hospedar. ficamos felizes. resolvi, então, ligar para o pedro, meu amiguinho daqui (que eu só conhecia pela internet) e ele foi os encontrar. (o pedro já havia me falado, pela manhã, que infelizmente não me poderia hospedar, pois estava com irmão e sobrinho em casa. porém, ele havia arranjado quem nos hospedasse, e foi justamente com esses que não havíamos conseguido falar). o pedro nos encontrou perto de onde estávamos hospedados. muito simpático! eu disse a ele que não havíamos conseguido falar com seus amigos e ele, dali mesmo, fez uns telefonemas e resolveu nossa vida, pelo meos por um bom tempo, o que foi fundamental. nota: aqui em portugal, se não tens* um telemóvel* estás* ferrado. telefonar de telefone público para móvel é uma fortuna! mesmo. do tipo um cartão de 9 euros ir embora rapidinho. isso quer dizer que eu, muito em breve, pela primeira vez na vida, terei que ceder e comprar um telemóvel*, inclusive porque isso é indispensável quando procuras* emprego. bem, quando a água bate na bunda... (já escrevi mais coisas na minha agenda e preciso passar pra cá, mas a biblioteca da faculdade vai fechar porque já são seis horas. assim que tiver oportunidade, volto a escrever).
nunca voei de avião, disse eu ao vlad quando o avião se encaminhava para a a pista de decolagem. ele disse que "o mais legal é a decolagem e a aterrissagem", e estava certo, como pude ver depois. voar de avião é como andar num brinquedo de parque de diversões: mesmo com o possível medo que isso possa trazer - e a mim foi pouco, independentemente de eu nunca saber se o que estava acontecendo era normal ou não -, é divertido. de qualquer forma, nunca confiei muito nos enterprises e kamikazes da vida naqueles parques mambembes que aportavam em colatina - e sempre andei nos brinquedos. logo percebi que um avião não era nada daquilo que eu imaginava. as asas daquilo são um organismo vivo!, têm mil pedaços que parecem independentes e que se movem quase aleatoriamente, um milhão de combinações. depois que se vê isso de perto - sim, eu sentei à janela - tem-se quase certeza de que aquele treco, por mais pesado que seja, é muito seguro. quando o avião começou a fazer uma volta para aterrissar e eu fiquei abismada e feliz com a visão da cidade lá de cima, o português que estava do meu lado e com quem eu havia trocado algumas palavras disse-me: "bem-vinda a lisboa".
duas das visões mais bonitas da minha vida: a vista, do avião, do rio ao pôr-do-sol e a vista de lisboa ainda escura, toda iluminada, de manhãzinha.
olá. vou tentar escrever alguma coisa. o teclado é meio doido, então não liguem para os erros de digitação, falta de acentos etc. prometo responder os comentários quando tiver tempo. acho que tudo caminha bem.
sexta-feira, outubro 07, 2005
oi. ainda sem teto. mas tudo bem. calor do inferno! mas o fábio disse pra eu não reclamar do calor. faz sentido.
terça-feira, outubro 04, 2005
segunda-feira, outubro 03, 2005
embarco hoje, às 5:20 da tarde, no galeão rumo a lisboa. só há poucos dias eu realmente me dei conta de que vou viajar e ficar um tempão fora. parecia que num era verdade, ainda num tinha caído a ficha. eu nunca andei de avião e não estou apavorada com isso, mas estou nervosa com tudo. tenho medo de não conseguir embarcar, de não me deixarem entrar lá, de não trocarem meu dinheiro no aerorporto, de o garoto que vai me hospedar não atender o celular, de ficar na rua, de ser roubada, de não conseguir um emprego. mas, mesmo assim, ainda acredito que tudo vai dar certo.
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