estou?
 

 

todo mundo que viaja tem que ter um blog. se é pra portugal, então, é indispensável que o título do blog seja uma piadinha. aqui estou eu. está lá?

 
 
   
 
quarta-feira, novembro 30, 2005

terça-feira, novembro 29, 2005
 
no pequeno almoço, bica. ao intervalo, meia. depois do almoço, é cheio. à hora do lanche, galão. ao fim da tarde, abatanado. à noite, carioca. mais tarde, um normal. antes de dormir é melhor que seja descafeinado para não atrapalhar o sono. aqui se bebe café como o diabo.
 
ontem fomos à cinemateca ver WE CAN´T GO HOME AGAIN do nicholas ray. formidável.
 
na aula de realização a gente teve que separar os imperdoáveis, o filme do eastwood (que aqui se chama imperdoável) em atos, seqüências e cenas. já sei aquilo tudo de cor e é bom parar pra pensar em cada cena. é meio assustador também pensar que alguém pode ter tanto domínio. mas o que mais me tem deixado feliz aqui é que a gente realmente pára pra analisar alguma coisa. as aulas de teorias da montagem também têm sido frutíferas. analisamos o casal, de dreyer e um filme do mizoguchi cujo nome eu esqueci. agora preciso fazer um trabalho sobre o modo como a memória é retradada em le fleuve, o filme do renoir que aqui se chama rio sagrado.
lembrem-me de postar qualquer hora uma listinha com os nomes de filmes aqui.
 
enquanto não sai nenhum trabalho com carteira assinada, a gente (paulo com minha ajuda, principalmente) vai tentando levar à frente projetos de orçamento zero. ele quer dirigir um documentário sobre uma banda de rock portuguesa dos anos oitenta e tem mais um roteiro que queria gravar já. tenho colocado lenha na fogueira e é capaz de este fim-de-semana aproveitarmos pra fazer qualquer coisa de verdade, ao menos uma entrevista com o líder da banda. já dei um jeito de pedir equipamentos na escola e talvez os retire amanhã. também temos filmado coisas da janela de casa (com a câmera de paulo) e vou tentar montar qualquer coisa no computador dele que sirva ao mesmo tempo de memória e de exercício de montagem e criatividade. é bom estar animada pra criar qualquer coisa, pra ver as coisas acontecerem, pra trabalhar.
 
vi algo no fim-de-semana que me deixou completamente pasma. jonas mekas. vocês conhecem isso??? estou maravilhada com seus filminhos.
 
tá meio difícil arrumar um trabalho. ao chegar aqui descobri que minhas aulas têm horários estranhos, justamente como era no rio. começo da noite num dia, tarde em outro, manhã em outro... ando tentando coisas no cinema mesmo porque era o melhor pra mim, mas tá difícil. o cinema português anda mal das pernas. tentei alguma ajuda através do professor de montagem, mas ele só sabia de estágio em que não se ganhava nada. aí num dá. claro que também estou, há tempos, disposta a fazer qualquer outra coisa, só pra dar uma ajudada nos custos. cheguei a achar que tinha arrumado um bom trabalho em pesquisa de mercado, a coisa batia com meus horários e tal (eu só ia ter que largar uma aula que é optativa, paciência). mas percebi que eles querem é nos explorar: eu só ia receber dois meses depois e eles só pagavam no primeiro e no último dia de cada mês. se você não fosse receber, só daí a um mês. bizarro. nesse caso, pensei: meu primeiro pagamento só sai dia 31 de dezembro/1º de janeiro. já ia começar me ferrando. ainda estou à procura e sei que vai surgir qualquer coisa. acho que o caminho vai pela pesquisa de mercado mesmo, pelo menos por enquanto. depois, com mais calma, continuo tentando o cinema. bem, se souberem de alguma coisa me falem.
(pai, tentei ligar para o wesley mas ainda não consegui falar. ele tem algum contacto de emprego? continuo tentando... desculpe a demora em te responder isso, mas a biblioteca andou em reformas e eu fiquei meio fora do mundo digital. aliás, o fernando me ligou, sim. respondi o email dele e me pus à disposição para qualquer ajuda).
 
ah, daí há poucos dias eu recebi uma cartinha da produtora agradecendo a ajuda. já é qualquer coisa - apesar de o produtor ter sido um babaca.
 
a questão do ricardo pereira que eu nunca expliquei foi a seguinte: bernardo, o português que mora conosco, trabalha numa produtora. num fim-de-semana desses ele nos perguntou se queríamos ir assistir às filmagens de um vídeo-clipe e trabalhar. mas teríamos que ser estagiários - ou seja, no money. eu e vlad fomos mesmo assim pra ver como é que as coisas acontecem na prática por aqui e na esperança de que isso nos abrisse qualquer porta, sei lá, conhecer as pessoas do ramo... era o vídeo-clipe ("teledisco") de uma bandinha pop aqui e contava com esse ator super famoso, principalmente por ter sido galã de novela no brasil. a gravação foi tipo a coisa mais cansativa do mundo, principalmente porque eu tinha pouca coisa pra fazer (ficar à toa nessas situações cansa bem mais do que ficar o tempo todo ocupado...). mas foi bom pra ver como é que se trabalha profissionalmente, coisa e tal. o cara da grua era um animal, fiquei impressionada com o domínio que ele tinha do equipamento. o vlad foi como estagiário de foto (que eles chamam de "imagem") e eu como estagiária de qualquer coisa, ou seja, produção. foi por isso que tive que dar comida na boca do ricardo pereira, quando ele estava de luvas de voxe, e enfiar aquele protetor bucal na boca dele - e tirar de lá.
 
só pra dizer que tá tudo bem. tenho tido pouco tempo, os computadores sempre cheios. vou agora para a aula de teorias da montagem e quando sair vou ver se consigo vir aqui e escrever um pouco - sobre a escola e sobre a vida.
viram o dossiê cinema brasileiro na cahiers du cinema?
beijos.

obs.: amanhã acho que ponho fotinhos.

domingo, novembro 13, 2005
 
... o paulo é o seguinte:
nos falamos pela primeira vez na sala de computadores da biblioteca da escola, ele puxou algum papo que já não importa. mas eu tenho vaga lembrança de tê-lo visto anteriormente, talvez numa aula. em questão de, sei lá, dois dias estávamos muito próximos. pronto, já tinha um amigo na escola, daquelas pessoas com as quais você se dá tão bem que fica íntima delas num instante. eu achava graça que logo a pessoa com quem eu me dava melhor por aqui era aquela que falava mais rápido. era quase impossível entender o que ele falava no início, devia ser até chato pra ele eu perguntar "quê?" toda hora. ele fala rápido para os padrões portugueses, imaginem. agora já nos entendemos bem melhor, lógico, mas às vezes surge algum ruído e achamos engraçado. então estava eu na casa dele assistindo a dvds poucos dias depois de nos conhecermos, engraçado como isso evoluiu tão rápido. nem nos padrões brasileiros nem nos portugueses, alguma outra coisa perdida por aí. ele me mostrou aquelas coisas de que ele gosta - cinema independente, vincent gallo, bossa nova, fernando pessoa, cassavettes etc. e nós éramos só amigos que gostam de cinema e de outras coisas e discutíamos sobre tudo tomando uma cerveja e aí de repente já éramos namorados, de uma hora pra a outra, e nunca mais nos separamos.
a coisa do jean-pierre léaud é quase uma brincadeira, mas a verdade é que ele me lembra o atorzinho do truffaut quando era novo. pelo menos às vezes. algumas caras, o modo de olhar, uma certa birra aqui e ali e ao mesmo tempo um charme. mas ele também me lembra outras pessoas - sempre referências boas, principalmente afetivas. e a verdade é que eu estava meio tristinha e com saudades de casa e ele me ajudou e tem ajudado muito e tem cuidado de mim. e eu dele.
estou eu na marinha grande de novo. dessa vez trouxe a máquina fotográfica. fomos ontem ver a praia. isto aqui parece um lugar seguro para onde ir quando lisboa se torna opressora. sinto-me bem. saudades de todos.

sexta-feira, novembro 11, 2005

segunda-feira, novembro 07, 2005
 
esta é rapidinha e algumas vão entender. este fim-de-semana eu dei comida na boca no ricardo pereira. e dois beijinhos. e o vi de calçãozinho de boxe, de pernas de fora. e tenho o número do telemóvel dele. hahaha. depois explico. alguém imagina?
 
6 graus no domingo de manhã. e esfriando.

quinta-feira, novembro 03, 2005
 
o paulo é o seguinte... depois eu conto sobre ele.
já disse que tem um gaúcho fazendo teatro aqui na ESTC?
já disse que aqui os carros param pra a gente atravessar a rua?
já disse que o leandro, professor da uff, apareceu aqui na escola hoje?
já disse que nosso apartamento é muito giro?
 
desculpem o sumiço. a biblioteca está em reforma, portanto estamos sem internet. mas tá tudo bem. =)
ei, mandem fotinhos?
beijos.

 

 
   
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